Carla Nascimento
cnascimento@redegazeta.com.br
Daniella Zanotti
dzanotti@redegazeta.com.br
A criança que ganha muito peso a partir dos 5 anos tem mais chances de se tornar um adulto obeso. Mas antes mesmo de chegar à idade adulta, ela pode sofrer com doenças como diabetes e colesterol alto. Para lidar com a obesidade infantil, responsável por muitas outras doenças, já existe no Estado um serviço de atendimento multidisciplinar, que inclui médico, nutricionista e psicólogo.
A endocrinopediatra Nadia Kleine, da clínica Spaço criança que oferece o serviço, diz que o excesso de peso está relacionado com fatores genéticos, ambientais, mudanças de hábitos alimentares e sedentarismo. Ela diz que a melhor forma de tratamento ainda é por meio da reeducação alimentar, embora a legislação permita até o uso de medicamentos. "Os remédios têm efeito colateral", alerta.
A nutricionista Marcela Villela, que faz parte da equipe, diz que a família pode colaborar para a construção de hábitos saudáveis desde os primeiros anos de vida.
"A partir de um ano de idade já é possível fazer uma reeducação. A criança tem os pais como modelo. Se eles têm bons hábitos alimentares, os filhos vão se espelhar neles. Também é importante estimular a boa alimentação. Mas não pode ser na forma de castigo, tipo: se você não comer o legume, não ganha sobremesa. Comer tem que ser um ato de prazer", defende.
O milho verde é um dos poucos alimentos saudáveis que as irmãs Nicole, 4, e Halana, 9, gostam de comer. As meninas só querem saber de pizza, hambúrguer e cachorro quente, reclama a mãe Ozete de Lourdes Araújo, 35.
"Eu tento fazer com que elas comam primeiro legumes e verduras, para depois oferecer alguma coisa que elas queiram muito, mas acho que não me preocupo com obesidade porque elas comem pouco, sem exageros", diz Ozete, que é caixa escolar.
Exemplo.
As crianças têm os pais como exemplos. Portanto, os adultos devem ter bons hábitos alimentares se quiserem que os filhos também tenham
Castigo.
Comer bem tem que ser um ato de prazer, não um castigo. Não adianta tentar estimular uma reeducação alimentar com ameaças à criança
Mesa.
Comer à mesa é sempre a melhor opção. Sentada, vendo TV, a criança não mastiga direito e come mais
Lúdico.
Fale de alimentos de forma lúdica. Chame seu filho para ajudar na cozinha, leve à feira, supermercado
Mudança.
Se notar alguma mudança nos hábitos alimentares, leve ao nutricionista ou médico
publicidade
Rua Angelindo Carrareto, 21
Morada de Camburi - Vitória - ES / CEP: 29062-505
contato@clinicaghpn.com.br