BLOG | Coluna Fala Doutor Jornal A Tribuna 13/10/2013 Dra Nadia Kleine

Coluna Fala Doutor Jornal A Tribuna 13/10/2013 Dra Nadia Kleine

Obesidade está associada a seis doenças em crianças

Leia na íntegra em:http://pdf.redetribuna.com.br/2013/outubro/13-10-2013/jf13101308.pdf

 
A obesidade infantil é um dos grandes problemas identificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na atualidade. No Brasil, cerca de 35% das crianças entre cinco e nove anos estão acima do peso de acordo com Ministério da Saúde.
A questão do excesso de peso nas crianças pode estar associada a, pelo menos, seis doenças.
De acordo com a endocrinopediatra Nadia Kleine, problemas cardiovasculares e alterações dermatológicas estão ligados à questão do excesso de peso. Além disso, hipertensão, diabetes, dislipidemia e distúrbios do sono também podem ser provocados pela obesidade.
“Também podemos incluir a questão psicossocial entre os problemas. Essa questão tem muita influência na vida de uma criança obesa, já que ela pode ser vítima de bullying na escola e também ter mais dificuldade em fazer amizades”, lembrou a endocrinopediatra .
Nos casos de obesidade infantil existe uma forte relação entre o peso das crianças e o dos pais. “Se uma criança tem os pais obesos, a chance de ela ter sobrepeso é de 80%. Essa mesma chance cai para 50% se somente um dos pais conviver com o excesso de peso.” Para a especialista esse número retrata bem a influência que os pais têm sobre a saúde do filho.
“A criança é um ser que depende dos outros para se alimentar. Ela não vai ao supermercado fazer compras sozinha, por exemplo. Então a alimentação dela é um reflexo da alimentação dos responsáveis por ela”, explicou.
Para Kleine, da mesma forma que os problemas, na maioria das vezes, estão relacionados aos pais, a solução também está. “Quando a família toda se envolve para a resolução de um problema a coisa fica mais fácil. A criança tem mais ânimo para seguir a reeducação alimentar ”, avaliou a especialista.
Na década de 70 o número de crianças com sobrepeso era menor que 10% - hoje supera os 35%.
Esse número, para a especialista, identifica bem a mudança da sociedade.
“A alimentação mudou muito.Geralmente as pessoas preferem comidas ricas em gorduras e açúcar. Por outro lado, as atividades físicas diminuíram. Juntando esses dois fatores, só podemos ter o aumento do peso da população.”
A endocrinopediatra lembrou que o diagnóstico da obesidade infantil é feito com base nos Índices de Massa Corporal (IMC) e que os tratamentos podem ser variados, mas requerem mudanças de hábitos alimentares e prática de atividades físicas.
“Sem esses dois elementos fica muito difícil a redução de peso, tanto em crianças quanto em
adult os ”, disse Nadia Kleine antes de responder as perguntas dos leitores de A Tribuna.
 
***QUAL PESO TEM A GENÉTICA NA OBESIDADE INFANTIL?
MARIA DA PENHA GARCIA,50, dona de casa
A genética é um fator muito importante. Sabe-se que o risco de obesidade quando nenhum dos pais é obeso é de 9%, enquanto quando um dos genitores é obeso sobe para 50% e atinge 80% quando ambos são obesos.
Isso por conta da herança de genes que controlam a saciedade, fome e gasto energético, mas também pelo fato do ambiente ser compartilhado, incluindo hábitos paternos que são passados aos filhos.
 
***O EXCESSO DE VIDEOGAME CONTRIBUI PARA O SOBREPESO DAS CRIANÇAS ?
LEAL DE OLIVEIRA GUSMÃO,32, churrasqueiro
Sim, vários estudos já foram feitos sobre o assunto e mostraram que o risco de obesidade é diretamente proporcional ao número de horas em frente à TV, computador e videogame. Porém, alguns aparelhos modernos, com uso de tecnologia de movimento, juntam diversão do jogo com a prática de atividades físicas.
 
***QUAL A MELHOR FORMA DE TRATARESSE PROBLEMA?
MAGNA OLIVEIRA, 37, auxiliar administrativo
Com mudanças permanentes dos hábitos da criança: estímulo à prática de atividade física, aumento da ingestão de fibras e diminuição da ingestão de gorduras, açúcares e alimentos industrializados.
Se o seu filho está com alguns quilinhos a mais, você vai precisar mudar os hábitos e a rotina da família toda, além de conversar com ele sobre o assunto – o que nem sempre é tão simples assim.
 
***É NORMAL UMA CRIANÇA ENGORDAR ENQUANTO SÓ TOMA LEITE MATERNO?
KELIANE ROSA RODRIGUES, 23. auxiliar de serviços gerais.
Sim, pois, quando amamentamos ao seio, nem sempre a criança possui uma rotina alimentar. Muitas vezes a amamentação não tem apenas função de nutrição, mas também funciona como um “calmante” para a criança parar de chorar ou até mesmo induzir ao sono. A criança mama com uma frequência maior, fazendo vários“lanches” durante o dia, o que leva ao ganho excessivo de peso.
 
***QUAIS AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE NAS C R I A N ÇAS ?
VALDIR BORTOLINE, 52 anos, bancário
As principais consequências são alterações do colesterol e triglicerídeos, esteatose hepática, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2 – todas essas associadas a um risco maior de doença cardiovascular em idade precoce, além das alterações psicossociais.OS PROBLEMAS relacionados à obesidade infantil são similares aos da obesidade adulta.
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REEDUCAÇÃO ALIMENTAR
é um dos maiores desafios para uma criança perder peso. É preciso aumentar a ingestão de fibras e diminuir o consumo de gorduras e açúcares.
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ATIVIDADE FÍSICA é outro ponto fundamental para a redução do peso. Alguns videogames modernos conseguem unir a diversão das crianças com a prática de exercícios físicos.
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APOIO FAMILIAR é necessário para que a criança obesa não se sinta desestimulada ao respeitar novos hábitos alimentares. Todos os integrantes da família devem se adaptar às novas regras de alimentação e prática
de exercícios.
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ESTEATOSE HEPÁTICA -
É o acúmulo de gordura nas células do fígado.
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IMC - É calculado dividindo-se o peso da pessoa pela altura ao quadrado.
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40anos atrás, menos de 10% das crianças tinham sobrepeso
35% das crianças convivem com sobrepeso atualmente
80% dos filhos de pais obesos convivem com sobrepeso
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Fique por d e n t ro:
 
SAIBA MAIS:
>UM ESTUDOindicou que o fast-food é um vilão no caso da obesidade infantil. As comidas são ricas em sódio e
gorduras, favorecendo o sobrepeso.
>CRIANÇAS OBESAS também têm risco de hipertrofia cardíaca, já que o coração se esforça muito mais para
bombear o sangue pelo corpo.
> A QUESTÃO PSICOLÓGICA também deve ser levada em consideração, já que crianças obesas têm mais chances de sofrer bullying.

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